domingo, 16 de outubro de 2011

Fazenda: o poema fazendo-se

Do pé de elefante fez-se um garoto.

A fazenda nasceu de um grão de milho.

Mais pedante era o túnel,

Que envenenava.

A vaca era só bico.

E o céu nasceu depois, quando já havia coisa sob ele.

A lama do porco só foi capaz de existir pela graça do lápis marrom.

O branco fazia a fazenda brilhar.

O absurdo aconteceu, a galinha engoliu o mundo.

E todos que ali estavam seriam vítimas de reciclagem.


Luiz Eduardo Cunha e Pedro Cunha